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Síndrome do ponto final!

O ponto final não é o momento mais difícil, mas as linhas que o antecederam.



Quem me conhece bem costuma dizer que eu sofro da Síndrome do Ponto Final. Pensando sobre o assunto, acho que isso me define bem. Gosto de gente objetiva, de pingos nos “is”, do que me passa certeza.


Sinto meu estômago revirar, toda vez que algo fica mal resolvido. Não consigo comer, durmo mal, fico ansiosa.


Gosto de quem me olha nos olhos e diz que me ama. Aprecio quem não encerra uma briga com meias palavras, nem deixa de gostar com meios porquês.


De quem não vai embora de forma evasiva ou mergulha na omissão por pura conveniência ou covardia.


Gosto de quem tranca a porta ao partir, não a deixa meio aberta, correndo o risco de entrar pela fresta um raio de esperança.


De quem enfrenta suas próprias lutas de peito aberto, sabe começar, mas também sabe terminar.


Eu não choro mais com pontos finais, pois eles são o indício, uma promessa de que algo novo está por vir. Tudo depende da maneira como escolhemos encarar as peripécias da vida.

Chegou um tempo em que precisei assumir o protagonismo da minha vida e dar um basta, colocar pontos finais em coisas, relacionamentos, posturas, simplesmente porque não me faziam bem ou não me levavam a lugar algum. De repente percebi que estava andando em círculos, cansada, triste, apática e me dei conta de que o tempo estava passando. Mudar o rumo da minha história tornou-se prioritário e para tanto precisei dar um passo em outra direção, dar as costas para o que me feria e não olhar para trás.


Não foi fácil, mas eu precisei. Não fiquei em busca de porquês, não valia a pena e não mudaria o que já havia acontecido.


Não são todas as coisas que se encaixam nas reticências, muitas coisas precisam de um ponto final, textos, frases, namoros, amizades… Só é preciso saber onde encaixá-lo, quando estes não estão mais sendo suficientes, ele deve ser usado sem temor, quando não há mais palavras para serem ditas ou escritas e o silêncio for constrangedor ele deve ser usado com naturalidade.


É desgastante continuar com vírgulas, pequenas pausas, onde deve ser colocado um ponto final. Claro que vai doer, o coração vai apertar e existirão coisas, pessoas e situações que jamais serão esquecidas, mas as deixo livres para ir. Viro a página. Dou ponto final em tudo que me faz mal. Afinal, tenho pressa em ser feliz, porque não sei quanto tempo me resta.


Não suporto nada pela metade sem final. Metade é pouco demais para mim. Metade não enche barriga e nem o coração.


Confesso que já houve dias em que coloquei vírgulas em minhas emoções na ânsia de que algo mudasse ou que o Universo conspirasse a meu favor. Também houve aqueles dias em que terminei com reticências, por insegurança, medo de perder ou de me arrepender de tomar decisões. Só acumulei mais dor e sofrimento.


Por fim, nossa história é um enredo composto de muitas experiências e assim vamos escrevendo e pontuando nossa vida. Afinal, pontos finais são necessários para recomeços, para novos parágrafos.


“O ponto final nem sempre é o fim, às vezes é o começo de um novo capítulo”.


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